Você sabe me dizer qual é a estrada que dá
na cidade Felicidade?
Você sabe como fazer para nunca esquecer
do valor que cada um tem e que não
deve, em tese, dar explicações
das suas decisões a ninguém?
Você sabe como conseguir não se importar,
como deixar "pra lá" tudo aquilo que se sabe
que não se pode solucionar?
Você sabe?
Eu perdi o fio da meda.
Não sei por qual caminho seguir.
Costumava seguir por caminhos floridos,
sob um sol dourado e lindo.
Agora, chove,
e tudo é escuridão.
Você sabe?
Eu vejo:
Você também está perdido, mas finge
saber qual é o caminho.
Você pensa que não te vejo caminhando em círculos,
triste, tão perdido quanto eu.
Não precisa demonstrar uma força
que você não tem nesse momento.
Não é vergonhoso admitir suas fragilidades.
Vergonhoso é não assumir que você está fraco,
que precisa de um tempo, de espaço, para que possa
respirar normalmente e voltar a enxergar as coisas como elas são.
E, assim, seguir, já com a respiração normalizada,
com a visão restaurada e o peito regenerado, repleto de uma nova força.
É isso que eu preciso fazer.
É isso que precisamos fazer.
Você sabe disso.
Nós sabemos disso.
Mas, ah, é difícil admitir isso para nós mesmos!
Admitamos!
Só assim sairemos desse lamaçal
no qual caímos no exato dia em que
a esperança foi dar um passeio
por outras freguesias.
(Erica Ferro)
na cidade Felicidade?
Você sabe como fazer para nunca esquecer
do valor que cada um tem e que não
deve, em tese, dar explicações
das suas decisões a ninguém?
Você sabe como conseguir não se importar,
como deixar "pra lá" tudo aquilo que se sabe
que não se pode solucionar?
Você sabe?
Eu perdi o fio da meda.
Não sei por qual caminho seguir.
Costumava seguir por caminhos floridos,
sob um sol dourado e lindo.
Agora, chove,
e tudo é escuridão.
Você sabe?
Eu vejo:
Você também está perdido, mas finge
saber qual é o caminho.
Você pensa que não te vejo caminhando em círculos,
triste, tão perdido quanto eu.
Não precisa demonstrar uma força
que você não tem nesse momento.
Não é vergonhoso admitir suas fragilidades.
Vergonhoso é não assumir que você está fraco,
que precisa de um tempo, de espaço, para que possa
respirar normalmente e voltar a enxergar as coisas como elas são.
E, assim, seguir, já com a respiração normalizada,
com a visão restaurada e o peito regenerado, repleto de uma nova força.
É isso que eu preciso fazer.
É isso que precisamos fazer.
Você sabe disso.
Nós sabemos disso.
Mas, ah, é difícil admitir isso para nós mesmos!
Admitamos!
Só assim sairemos desse lamaçal
no qual caímos no exato dia em que
a esperança foi dar um passeio
por outras freguesias.
(Erica Ferro)