Um pouco confusa...

em sábado, fevereiro 26, 2011
Eu queria poder te contar tudo. Queria que você tivesse o poder de ler meus pensamentos e entender as palavras que me faltam, e meus motivos de não te dizer tudo, com todas as palavras. Queria que você pudesse entender meus gestos, meus olhares, minhas frases não ditas. Conseguir te contar tudo, mesmo não dizendo nada.
O problema nisso tudo está no fato de te machucar. Te machucar com palavras ditas mas saber que te dói muito mais minhas palavras não ditas. Ahn... Se você as soubesse.
Eu queria que você entendesse meus sentimentos, puros e impuros. O lugar que você ocupa em mim.
Eu queria poder ficar quieta. Mas minha necessidade de falar me sufoca, e quando vejo, mil palavras vem à tona dizendo tudo que eu não queria dizer. As palavras são ambíguas, e você nunca entende o que meu coração está querendo expressar. Me faltam gestos, olhares e (mais uma vez!) palavras para te fazer entender direito.
Eu sei, você deixaria de me amar ao saber das minhas angústias e do meu não amor por ti. Eu sei, você tentaria me entender. O que acontece é que as palavras não são ditas...
E eu continuo querendo que você entenda minhas palavras não ditas.

Letícia Christmann

Um pouco de Drummond

em quinta-feira, fevereiro 24, 2011
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivamo-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."
"Além da Terra, além do Céu
no trampolim dos sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar,
o verbo fundamental essencial
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo supreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver."

Postado por Letícia Christmann

Quaisquer

em segunda-feira, fevereiro 14, 2011
Eu, assim, como quem não quer nada - até porque realmente não queria - acordei como em várias manhãs, sem pensar em nada, em ninguém, sem desejar algo além do que precisava. Meu anseio era terminar o dia bem, encarando o rumo inevitável do trabalho e escolhendo o melhor lugar para se estar numa noite de sexta-feira - não direi onde, apenas imagine: nada de luzes coloridas, música alta ou fumaça.
Meu coração se debruçou nas palavras que me trazem vida e minha alma entoou em acordes maiores seus sonhos menores. Não esperando que algo de sobrenatural acontecesse, aceitei, nesse dia, a vida como é e sorri satisfeita não me lembrando das desfeitas.
Descontrolavelmente eu ri alto, distribui abraços, joguei conversas, reencontrei uns amigos. "Ué! Quem é você?". Perguntei-lhe já me apresentando. Insidiosamente ele me sorriu me entregando um presente - que claro, não esperava.
Já conversou com um desconhecido que parecia ser seu conhecido há tempos? Pois é. São em dias quaisquer que você desperta os sonhos adormecidos.
Karol Coelho

Lembranças da meia noite

em quinta-feira, fevereiro 03, 2011
Os primeiros passos do amor são lembranças inesquecíveis.
O processo da conquista, dos sorrisos, das despedidas mais 'abraçadas', a fixação dos olhares, a observação quando o outro não está percebendo.
Eu gosto de lembrar do nosso primeiro beijo. A vontade de parar no tempo e a sensação de que tudo estava certo. Na verdade, tudo estava certo né?!
Tenho a impressão que você não sai mais do meu coração. Me pego lembrando daquela calçada, das nossas cervejas, do seu olhar, da sua barba roçando no meu queixo. Sinto saudade.
As noites quentes, o cheiro de dama da noite entrando pela janela. Eu me lembro de você com cheiros, gostos, frases, músicas, filmes.
Eu já disse que estou apaixonada por ti. Mas o melhor de tudo é estar te amando. Sempre, mais e mais. Sei que fizemos tudo certo.
Meu amor, nada melhor do que ter você me enxendo de alegria. De saudade.
Não quero que se afaste de mim, porque nos seus braços eu posso dormir tranquila. E me sinto segura.

Letícia Christmann
 
imagem do banner Design