Será que você ainda pensa em mim?

em sábado, maio 30, 2009
"Eu procuro por você, seja nos meus sonhos ou na realidade. Por muito tempo você foi sonhado estando do meu lado, na realidade. Não deixei que minha mente se apropriasse de você real, mas você sonho continua em pensamento. Eu procuro por você em todos os cantos e lugares, por onde sorrimos, por onde choramos, por onde vivemos.
Ouvi dizer hoje que as pessoas só tem um sentido real de verdade por aquilo que são capazes de morrer, você foi e continua sendo meu sentido. E ainda, disseram para mim que alguém só se levanta da cama todos os dias porque vê algum sentido em sua vida, mesmo sem saber que sentido é esse. Você, sinceramente, acha o fato de ser meu sentido, minha razão, pouco?
Eu sinto sua falta, tudo me lembra você. Lembro das suas mãos, dos seus gestos, sorrisos e caras feias como se pudesse tocá-los enquanto vejo. Seu cheiro não desgruda de mim.
Tantos risos perdidos na minha memória, que me pegam de surpresa quando estou afogada em pensamentos daqueles dias que não voltam.
Aqueles dias, tantos os dias que chorei de saudade. O céu, o sol e a lua sabem do que eu estou falando, os dias que senti falta de ti. E os dias que sinto falta de ti. Tais dias não esquecerão o quanto eu te procurei, e te procuro. E quantas lágrimas ainda caem dos meus olhos ao te buscar e não te encontrar em canto algum. Cadê o homem do meu sonho? E o homem da minha realidade?
Eu sinto e senti sua ausência.
Eu estou em fase de recuperação.
E estou mais forte do que nunca.
Decidi sonhar, mas deixar a realidade ditar suas regras também. Dar espaço para que o real possa acontecer.
Eu não sou a mulher dos sonhos, eu posso ser sonhada, mas é difícil ser sempre como você me idealizou. Sinto muito por isso.
Sinto sua falta. E gostaria que soubesse disso... E é só.
Ps- Eu te amo."


Letícia Christmann

A nuvem do amor - de lá caí.

em segunda-feira, maio 25, 2009
"Sinto falta de você, e a palavra que me cura ninguém vai dizer..."

E eu complemento: principalmente você!

Não queria que os outros dissessem o que eu quero ouvir de você.
Mas, sabe, até deixei de acreditar que você um dia possa falar aquelas coisas.
Aquelas com as quais eu sonho (acordada e dormindo, literalmente).
A tua frieza, ai... a tua frieza queima em mim.
Por que fazes isso comigo? Tu não disseste que era meu amigo? Pelo menos eu tinha a alegria de ter a tua amizade.
Isso não era o bastante, claro, eu sempre tive a mania de querer ter mais do que eu posso ter. Mas é que eu te amo tanto, que queria que me amasses como eu te amo. Tudo bem, não da maneira como eu te amo, porque é muito intensa, muito imensa, mas pelo menos que me amasse da melhor maneira que tu pudesses.
Eu sei... é errado amar na intenção de querer ser amada.
Mas esse meu querer não é lógico, é impensado, um instinto, uma súplica do meu espírito.
Preciso do seu amor pra saber que sou: sou importante, digna desse amor que as pessoas tanto pregam.
Eu queria ser amada pra poder viver na plenitude, quem sabe, viver nas nuvens.
Mas sempre subi até as nuvens sozinha. Fiquei te chamando lá do alto.
Você fez uns movimentos, que até pensei que você fosse subir pra me encontrar, mas não passou de movimentos enganadores. Fiquei lá em cima sozinha, te esperando.
Te esperei lá durante anos. Pra ser bem exata, durante três anos.
Só que a nuvem balançou durante esses dias. Vou ser mais sincera, tem uns meses que ela vem balançando bastante. Mas sempre fui teimosa, acho que você se lembra disso, me agarrei com todas as forças àquela nuvem. Não queria cair de lá de cima. Definitivamente, não!
Mas você subiu até lá, meu coração quase saiu do meu corpo nessa hora.
Pensei: "Agora serei feliz, agora terei você aqui comigo. Para juntos flutuarmos nessa nuvem - a nuvem do amor!"
Mas não, você subiu só pra me empurrar. É, você foi cruel comigo.
Me empurrou, eu me feri toda, quebrei costelas, ossos e coração. E você o que fez? Riu, riu muito. Depois desceu pulou pra outra nuvem.

Depois daquela queda, jurei pra mim mesma nunca mais subir em nuvem nenhuma.
Não sei por que eu sinto que essa jura foi em vão, não vou conseguir cumpri-la. É sempre assim.
Mas uma coisa eu te juro (já estou eu jurando mais uma vez):
Com todas as minhas forças, vou tentar te esquecer, te matar aos poucos dentro de mim. Pensei em usar um veneno: o ódio. Pensei em te odiar na tentativa de, assim, te matar em mim.
Mas que boba! Não vou fazer isso, por mais que eu queira te odiar. Eu te amo e assim que será.
Te amando, e tu me ignorando.
Sabe qual vai ser o meu veneno? O tempo e a tua indiferença. Essas duas coisas me ajudarão a te esquecer, a te matar, a me refazer (e tem um tempo que já vem fazendo efeito, pouco, confesso, mas já está).

Espero, sinceramente, que você, um dia, ame com o fervor e a verdade com a qual eu ainda te amo.
Espero que te amem tanto quanto eu.

Espero que te queiram como eu ainda te quero.

Vou parar de subir em nuvens, vou parar de me encantar com esses príncipes. Sempre descubro que não são os meus príncipes. Afinal, será que eu tenho um a ser descoberto? Mas aonde mora essa criatura? Por que não vem ao meu encontro de uma vez, oras?!

(Erica Ferro)

Um dia frio...

em sábado, maio 23, 2009
Ela se sentou no ônibus. Ouvia uma música qualquer com o MP3 quase esgotando a bateria. Tirou Dom Casmurro (sim, do Machado) da mochila e começou a ler. Vestibular... que tanto me persegue?
O ônibus dava curvas e mais curvas. O caminho não era longo, mas tinha alguma coisa estranha. Pouca gente, último ônibus. Quase meia noite.
Bentinho cada vez mais perto de perceber o quanto ama Capitu. E o ônibus não parava, gente entrava, gente descia.
De repente, ela começa a olhar em volta e perceber pessoas conhecida. Amigos sentados em voltas, gente distante. Tinha um pessoal, aquele que não via havia anos, sentados antes de ultrapassar a catraca. Engraçado, eles sorriam e acenavam também, alguns outros, os mais próximos, abraçavam-a, outros acariciavam, mas sempre sorriam.
E a paranóia de Bentinho com a traição de Capitu começou.
Tanta gente começou a descer do ônibus. Novas pessoas entravam, algumas não demoravam nem um ponto, desciam no mesmo, outras no próximo. Rostos intimamente conhecidos continuavam em volta dela. Houve aqueles que a acompanharam um bom tempo da viagem. Mas quando havia lombadas, ou curvas muito fechadas, simplesmente sumiam, sem nem saltar do ônibus.
As árvores passavam em volta dela, flores, invernos e outonos. Nascia Sol, nascia Lua.
E Bentinho?! Bom, Bentinho já havia enlouquecido,e tentado enlouquecer Capitu também.
O ônibus? Era o da vida. O motorista? O destino. As pessoas? Aquelas que entram e saem da vida sem nem ao menos o passageiro perceber, mas tem sempre aqueles que nos acompanham a viagem inteira. O caminho? "Deixa explícito, que, se vou para frente, coisas ficam pra trás... A gente só nunca sabe que coisas são essas..."

Letícia Christmann

"Não importa o quão escura seja a noite. Até hoje, nenhuma escuridão conseguiu segurar o amanhecer."
"Amigos são como estrelas. Pois são elas quem nos iluminam nas noites mais escuras."

Lya Luft - Canção das mulheres...

em

Canção das mulheres


Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Lya Luft


***

P.s: Estava navegando pela internet e achei esse texto da Lya. Achei muito interessante, me identifiquei e quis dividir isso com vocês. Espero que gostem.


Postado por Erica Ferro

Meio doida, meio lúcida, as duas coisas juntas!

em sexta-feira, maio 22, 2009
"Há um prazer indiscutível em ser louco, como só os loucos sabem." (Dryden)

Loucura... Doido, quase doido, doido e meio, meio doido.
Acho que me encaixo nessa subdivisão: dos meio doidos.
Às vezes faço e digo coisas que minutos, ou até mesmo segundos depois, me pergunto o por que de ter feito/dito aquilo, porque não é de mim fazer coisas como as que eu faço quando não estou com a minha sanidade perfeita.
É estranho isso. Mais estranho ainda é não ter a certeza da sanidade nem da loucura. Não sei se sou uma maluca com lapsos de lucidez ou uma lúcida com lapsos de loucura.
Mas não é ruim viver assim nessa dúvida. Aproveito muito bem meus momentos lúcidos e os loucos. Nos lúcidos ajo com a razão, às vezes com a emoção, se bem que parte dos sentimentos e emoções são bem loucos e nada racionais. Por isso eu gosto de ser assim: uma louca apaixonada, mas por vezes sou uma mente racionalizante, pensante.
Às vezes sou os dois. Nem me pergunte como é essa junção, o que acontece, o que deixa de acontecer, pois eu não sei, não lembro bem, passa tão rápido. Vem e volta. Volta e vem. Fica.

Certo, vou parar de devanear por hoje, okay? Não falei coisa-com-coisa mesmo.


(Erica Ferro)

***

Pra complementar a postagem, nada melhor do que o vídeo de uma música que tem tudo a ver com malucos, lucidez e loucura:

Raul Seixas - Maluco Beleza



Postado por Erica Ferro

Parte do misto que forma tudo isso;

em quinta-feira, maio 21, 2009
A chuva caiu e alagou o Brasil.
Nem doril dá jeito. A gripe suína se espalha, mas não ponha a culpa no porco.
Morte cerebral, um corpo morto, uma infância interrompida. E o mal grita: maravilha, maravilha!
A matança, a violência, a falta de esperança. Tudo num volume crescente, num crescente volume.
E o volume é negativo. A raridade é rara. A esperança se torna escassa. E a gente não sabe mais o que que há, o que vai ser, o que fazer. Uns choram. Outros sorriem. Uns desacreditam. Outros continuam acreditando, mas acreditam pra amanhã se desiludirem. É assim a rotina dos esperançosos: acreditar, se desiludir e acreditar mais uma vez.
Eu vejo uma pessoa chorando pelos cantos. Eu vejo alguém orando ao pé da cama em outro ponto. Eu escuto um gemido esquisito, é frio. Eu ouço um grito, nasce um filho. Eu presencio um sorriso, é a esperança do Brasil.

(Erica Ferro)

Mar vermelho raivoso;

em quarta-feira, maio 20, 2009
Raiva...
Todo mês me dá uma raiva sem razão, sem lógica. Mas é uma raiva que, quando é posta pra fora, me faz um bem.
É uma fase que até um simples tilintar de qualquer metal me irrita até a alma. É o mar vermelho. É o sangrar alma e coração, corpo e nenhuma razão.
Não, não estou falando coisas lógicas. Acho que nunca falei.
Só queria apenas falar do mar vermelho, da raiva, do sangrar do corpo, da chama do fogo, do ardor da paixão, de uma raiva mortal, de um amor sem igual.
Romantismo agora não, por favor. Mas se eu quero falar disso, que mal há?
Ah, deixa pra lá. Estou com sono. Mas antes de dormir, vou esmurrar as paredes aqui. Não sei por que, mas me deixa aqui, em paz. Me sinto melhor. É só uma fase. Não sou doida, psicótica, neurótica. Só tenho umas fases meio conturbadas, sombrias, raivosas, metafóricas.
(Erica Ferro)





P.s: Post meio louco, como sempre tem sido os meus últimos.

Postado por Erica Ferro

Soltaram a minha mão...

em terça-feira, maio 19, 2009
No começo, a estrada estava escura. Mas encontrei alguém no caminho, esse alguém também estava sozinho e desiludido, mas essa pessoa tinha uma lanterna. E, o melhor, disse que eu poderia segurar sua mão. Seguimos assim, dois amigos, dois companheiros, compartilhando uma dor, mas um amor... Não, não um amor propriamente dito, um amor amigo. Um companheirismo. Uma amizade.
Mas, de repente, não sei por que, esse meu amigo querido soltou a minha mão, saiu correndo e me deixou sozinha no meio da estrada, no escuro, começou uma tempestade, e muito forte, por sinal. Sentei no asfalto gelado e me lamentei. Minhas lágrimas se misturaram com as gotas de chuva (que não eram poucas). Me odiei um pouco mais. É que eu tinha jurado não confiar em mais ninguém, não aceitar apoio de ninguém, a não ser o meu mesmo. Eu já tinha me machucado demais, já tinha ficado sozinha em várias estradas sombrias e tempestuosas, mas... mas aquele alguém, aquele olhar doce, aquela mão macia e segura, aquela voz que me acalmava, me convidava a seguir com ele. E eu fui, mas no meio do caminho fui abandonada. Como sempre.

É, Erica, vai ser gauche na vida!

P.s: Não liguem muito pra esse post. São só pensamentos devaneantes. Só um desabafo. Eu precisava dizer essas coisas, mesmo que metaforicamente. Me sinto um pouco aliviada, só um pouco, até porque ainda me encontro no meio da estrada escura, parou de chover um pouco. Mas o tempo é tão imprevisível.

Postado por Erica Ferro
em
Noites de outros dias - Cidadão Quem

Hoje quando for dormir
Pense quantas noites já
Se passaram sem notar...
Noites de outros dias!
Amanhã vai trabalhar, talvez almoçar
Pra de noite se deitar de novo e não pensar
Pra que pensar
Se é mais fácil só reagir a tudo?
Pra que lutar
Se é mais fácil correr, fugir de tudo?
Não esqueço, já anoitecerá!



P.s: Vira e mexe, penso nisso... Em quanto tempo já perdi, quando tempo pretendo perder. Sei que muitos também passam por essa fase de perder tempo, ou, de deixar o tempo passar. O tempo é algo tão nosso e a gente deixa ele solto, como se o proveito desse tempo deve ser tirado por outra pessoa e dado à nós. Bem, é só um devaneio meu. Não sei se entenderam esse meu P.s (hehe).

Postado por Erica Ferro.

Acredito!

em sábado, maio 02, 2009
Acredito que a cultura de um povo é tão somente a média do conhecimento da população e, portanto não adianta reclamarmos que vivemos em um país sem cultura, pois a única coisa a fazer para mudar isso é aumentarmos o nosso próprio conhecimento.

Acredito no sexo.

Acredito no amor.

Acredito que você possa ter um ou outro e que os dois não precisam andar juntos para acontecer. Muitas vezes não andam...e as vezes um substitui o outro.
Acredito na rara combinação dos dois para proporcionar uma das experiências mais entorpecentes que o ser humano pode vivenciar. O efeito dura dias.

Acredito no Bem.

Acredito no Mal.

Não acredito, porém que haja uma luta entre eles, pois ambos são lados de uma mesma moeda.

Nós somos moedas.

Você vai confiar e será traído.
Você vai amar e vão brincar com os seus sentimentos.
Você vai pedir ajuda e não será ouvido.

Nós somos moedas.

Vão confiar em você e você trairá.
Você vai brincar com os sentimentos das pessoas.
Você não vai escutar os pedidos de ajuda.
E quando fizer isso, você pensará: “A vida inteira eu só pensei nos outros, agora eu vou pensar em mim”.

Isso não acontecerá apenas uma vez, mas várias.

Nós somos moedas.

Acredito na educação e em seu poder transformador, mas ninguém pode ser transformado sem desejar isso.

Acredito em todas as religiões, pois o que faz a fé das pessoas não deve ser discutido. Não acredito que nenhuma religião tenha respostas para tudo. Todas as religiões têm líderes vivos e líderes vivos são moedas. Os mortos não podem ser julgados.
Eu não acredito que uma religião saiba tanto a ponto de ter certeza que as outras estão erradas.

Não acredito em julgamentos.
Acho que ninguém esta em posição de julgar outras pessoas. Tantos culpados estão livres e tantos inocentes presos.E apesar disso em todo o texto escrito acima eu julgo. Mas eu devo ser perdoado.

Eu sou moeda.

Ivan Geza Borbely
Postado por Letícia Christmann
 
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