Nunca se sabe... ♫

em quarta-feira, março 31, 2010


Nunca se sabe - Engenheiros do Hawaii

Sei que parecem idiotas
As rotas que eu traço
Mas tento traçá-las eu mesmo
E, se chego sempre atrasado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe
Até que horas os relógios funcionarão
Sem dúvida a dúvida é um fato
Sem fatos não sai um jornal
Sem saída ficamos todos presos
Aqui dentro faz muito calor
Sempre parecem idiotas
As rotas que eu faço
Sempre tarde da noite
E se ando sempre apressado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe
É porque nunca se sabe
Nem sempre faço o que é
Melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não tô afim de fazer
Nem sempre faço o que é
Melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não tô afim
Não quero perder a razão
Pra ganhar a vida
Nem perder a vida
Pra ganhar o pão
Não é que eu faça questão de ser feliz
Eu só queria que parassem
De morrer de fome a um palmo do meu nariz
Mesmo que pareçam bobagens
As viagens que eu faço
Eu traço meus rumos eu mesmo (a esmo)
E se nunca sei a quantas ando
Se ando sem direção
É porque nunca se sabe
É porque nunca se sabe

Nem sempre faço o que é melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não tô afim de fazer
Não viro vampiro, eu prefiro sangrar
Me obrigue a morrer
Mas não me peça pra matar, não!







Certo, admito: eu estou viciada em Engenheiros. Adorei o álbum 'Ouça o que eu digo, não ouça ninguém' e já estou a procura de outros. É, acho que virei fã. Mas cá entre nós, as letras são ótimas, grandes reflexões e um rock super legal. É rock gaúcho, né, Ana Seerig?! Muito bom mesmo! Espero que gostem da escolha de hoje.

Postado por Erica Ferro

Me dê a mão?

em terça-feira, março 30, 2010
Voltei! Mas isso é bom ou ruim? Não sei!
Encontrei sorrisos sinceros, saudades grandes, abraços apertados, amigos de verdade.
Mas voltar é sempre estranho. Retornar assim, saber se localizar. E sempre sentir falta das mesmas coisas. Nem sempre a volta faz sentido, quando você sente que o lugar pra onde você volta não está completo. Bem pelo contrário, possui vazios e mais vazios.
É, esses vazios são abismos em cada esquina. Em cada momento igual. No temporal que se repete, no caminho pra estação de trem, no quarto, nas risadas por telefone, nos pontos de ônibus e até nos ônibus. Caminhos iguais, saudade maior.
Viajar também é estranho. Morar em outro lugar possui singularidades. O sotaque, a lerdeza do povo, a rotina do bar da esquina, os novos amigos, novos sorrisos, novos interesses. Tudo que é novo e bom, encanta. Mas o que realmente dá saudade é o antigo, que foi bom por um bom tempo. E que esse mesmo tempo não é capaz de apagar as sensações.
Agora eu vivo em equilíbrio: saudade, novo, antigo.
Você poderia me dar a mão e vir comigo.

Letícia Christmann

É Concreto

em domingo, março 28, 2010
Concretos são meus sonhos
Até porque, sonho é concreto
Sim! É concreto!
Sonho não é mais sonho quando realizado
É?

Eu vejo meus sonhos,
Pego,
Sinto,
Cheiro.
Os pinto de vermelho
E da cor que eu quiser!
Sou dona de mim

Para concretizar algo
Primeiro é preciso concretizar um sonho
Você só acredita naquilo que é concreto?
Eu também!

(Karol Coelho)

Mesmo insegura, mostro-o a vocês. Espero que tenham gostado!

Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém

em sexta-feira, março 26, 2010

Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém

(Engenheiros do Hawaii)

Tantas pessoas
Paradas na esquina
Assistindo a cena:
Pele morena,
Vendendo jornais
Vendendo muito mais
Do que queria vender

Vozes à toa
Ecos na esquina
Narrando a cena:
Criança pequena
Cheirando cola
Beijando a sola
Dos sapatos

E o que nos devem
Queremos de dobro
Queremos em dólar
O que nos devem
Queremos em dobro
Queremos agora

Se te disseram pra não virar a mesa
Se te disseram que o ataque é a pior defesa
Se te imploraram pra esperar a sobremesa

Ouça o que eu digo: não ouça ninguém
Ouça o que eu digo: não ouça ninguém
Ouça o que eu digo: não ouça ninguém
Ouça o que eu digo: não ouça ninguém

Se te disseram pra não virar a mesa
Se te disseram que o ataque é a pior defesa
Ouça o que eu digo: não ouça ninguém
Ouça o que eu digo: não ouça ninguém







Digam aí, a música é boa ou não é? Digo, letra e melodia são muito boas! Espero que gostem.

Postado por Erica Ferro

Uma garota de fita de cetim

em quarta-feira, março 24, 2010
Dedicatória
Marcelo Mayer

Dedico à garota que esconde os sonhos
Mostra os pesadelos - anseios
Suspira serenidade
Uma garota que se embeleza
Mas sente falta de um abraço
Que em corpo nu se desgasta
Sente frio e sonha uma palavra

Uma garota de fita de cetim ao vento
Frágil, desprotegida
Por isso apaixonada
E com olhar abandonado com receio de sua sina

Dedico à garota que se sente ameaçada
Pela sua própria solidão
Um poema não é capaz de confortá-la
E sim um brado de amor castigado
Um amor nada amargo
Dedico e continuo dedicando
Porque de alguma maneira ela ganhará um abraço

•••

Há muito tempo queria postar algo do Mayer aqui, mas não sei porque não fiz isso antes (ah, lembrei! é a mania de adiar as coisas, lembram? haha). Bem, Marcelo Mayer faz o Cranberry Sauce. É um cara polêmico, autêntico e é um dos poetas mais originais que já vi na blogosfera.

Postado por Erica Ferro

Colisão

em segunda-feira, março 22, 2010
Cruzes! Ele olhou para o lado e concluiu que havia visto a menina mais estranha da vida dele.
Ela já tinha guardado mentalmente o rosto dele desde a primeira vez que o vira.
Ele a olhava assustado, mas fascinado. Que tanto mistério ela podia trazer com um olhar? Por que um olhar tão triste, perdido, e tão bem disfarçado? Coçava a barba, tentando entender melhor o que se passava dentro do coração da menina.
Ela desviava o olhar toda vez que ele a fitava por muito tempo. Os mistérios de seu coração cabia só a ela, e ninguém além da pessoa que havia causado tamanha dor teria permissão para entrar, vistoriar, tentar curar. Ainda sim, sentia-se avermelhar quando ele a olhava.
Resolveu aproximar-se mais dela, entender a confusão que ela trazia estampada no rosto. Fascínio é uma coisa incontrolável, e em toda aquela estranheza de sentimentos que ele notou nela, resolveu desvendar. Era a paixão por conhecer coisas do passado.
Escondia-se e encolhia-se ao notar a tentativa de qualquer aproximação. Não iria permitir que seu passado fosse colocado assim, preto no branco para um desconhecido, que insistia. Ela não estava pronta, e ele tinha que entender isso. Ela não queria falar, queria que ele percebesse. E sabia que ele também trazia sentimentos nas entranhas da alma que não eram para ser compartilhados.
Depois do primeiro sorriso, toda a estranheza passou. Ele conseguira: ela era uma pessoa normal, na verdade anormal para ele. E era disso que ele gostava. Não importava que confusão que ela trazia, não fazia mais sentido depois do sorriso de verdade, e do olhar compenetrado.
Deixou-se levar. Amigos, que mal tem? Precisava de algum tipo de apoio mais humano, mais próximo. Alguém novo, que não precisasse saber do passado, mas que fizesse parte por completo do presente.
Encontraram-se. Colidiram-se? São coisas do destino, que ninguém pode explicar direito. E nada faz sentido por completo.

Letícia Christmann

Conselhos ao avesso

em sábado, março 20, 2010
Tinha um texto de uma amiga blogueira para postar aqui no dia primeiro de janeiro. Sim, no primeiro dia do ano, para abrir com chave de ouro, mas... Por que não postei? Hã... Por que eu sou muito atrasada, preguiçosa e, por essa característica, adio muito as coisas? Sim, essa é uma boa resposta (risos). Mas antes tarde do que nunca, certo? O texto "Conselhos ao avesso", (re)publicado no dia 03/12/2009, é da Luna Sanchez, uma mulher inteligentíssima, doce e bem humorada. Eita! Fiz uma super propaganda agora, não é? Mas a Luna é isso e muito mais. Conheçam o blog dela clicando aqui.

Conselhos ao avesso

Porque as coisas são efêmeras e são tantas, não se torture tentando entender absolutamente tudo sobre tudo que há. Especialize-se em meia dúzia de assuntos, e para os demais, use o bom senso. Disposição para aprender e gosto pelas surpresas sempre foi uma boa combinação.
Porque as pessoas são vastas, não tente aprisionar ninguém ao seu lado. Compartilhe da vida de pessoas especiais, as tenha em seu cotidiano. No mais, encante-se com as que vem e vão.
Porque os medos podem ser tão reais, não subestime os seus e nem os dos outros. Quem nada teme não é corajoso, é inconsequente. Coragem é ir além do medo.
Porque os sonhos, às vezes, parecem ser só o que nos sobra de real, esteja aberto a eles. Convém, no entanto, saber distinguir o que pode se concretizar do que é apenas figurativo. Ambos são importantes, mas misturá-los é perigoso.
Porque o amor não é eterno, evite as juras que incluem o “para sempre”. Priorize o agora. É mais honesto.
Porque é bom doar-se, e é vital manter a individualidade, trate de encontrar seu ponto de equilíbrio, que deve estar em algum lugar entre o egoísmo e a permissividade. Os extremos são péssimas opções.
Porque a felicidade é missão de cada um, não delegue a outro ser a responsabilidade de fazê-lo feliz. Isso é pessoal e intransferível, só você pode.
Porque eu sou movida por um misto de experiência e instinto, mas não sei dizer em que proporção de elementos se dá essa fórmula, não me considero gabaritada a dar conselhos. Garanto, apenas, que a intenção foi boa.

(Luna Sanchez)

•••

E então, gostaram da postagem de hoje? Tenho certeza que sim, hein? Aquele abraço e até a próxima, povo devaneado!

Postado por Erica Ferro

Diários são baús de segredos

em sexta-feira, março 19, 2010
19/03/2010

"Querido diário,

O que vou relatar hoje é algo muito secreto, quase uma confissão. Estou cansado da fama, sinceramente. Não digo pelo fato de ser reconhecido por minha música, pelo meu talento, pois sempre foi algo que eu busquei e quis muito. Mas a fama também traz seu lado negativo. Por exemplo, antes podia sair tranquilamente ao shopping, a barzinhos sem causar tanto tumulto. Agora nem saio sequer, meu tempo é consumido para fazer meus shows, ir a programas de TV, rádio e etc. Não que eu ache isso tão ruim, mas sou apenas um garoto e às vezes eu queria ser "anônimo", queria poder ter a certeza de que tenho amigos sinceros, amores sinceros. Porque é fácil ser amado quando se é famoso, se é rico, tem status e CD's bem vendidos e sua música é tocada constantemente nas rádios. É fácil sentir que as pessoas são próximas de você quando você tem algo para dar, disponibilizar. Às vezes queria ter a certeza de que eu sou alguém especial, que aquela garota que diz me amar, me ama mesmo. Que minha música toca o coração dela, de fato; e não só porque milhares de outras meninas deliram quando eu canto. Queria ser apenas o Luan, um Luan qualquer, que pode ser encontrado em qualquer esquina, com qualquer violão e ter a convicção de que sou amado, importante como hoje sou pelo fato de ser reconhecido em todo o Brasil.
Ah, a fama! A fama é remédio para o ego como também é veneno. Ainda bem que, no meu caso, tem sido um doce, algo que não me envenenou e que eu sinto que não mexeu com a minha essência. Pena que as pessoas não possam ver além de mim, do meu belo penteado, do meu sorriso estampado, dos acordes do meu violão, da minha fama.
Ah, diário... Me desculpe por tanto drama, por tanta lamentação e tristeza, mas hoje eu estou cansado de tudo, até de um tal de Luan Santana.
Hoje eu só queria ser um ser humano sem nome, sem endereço, sem status.
Apenas eu e meu diário, relatando meus devaneios e percepções do mundo."

(Erica Ferro)



Aê! Depois de uma eternidade sem participar do Blorkutando, voltei! Se bem que a minha participação não será algo muito brilhante, mas gostei do que escrevi. Ser famoso deve cansar, balançar os neurônios e causar uma grande confusão na mente e na alma do tal famoso - ou seja, surge uma interessante crise existencial (risos). Foi legal brincar de Luan Santana, hehe.
Até mais, povo devaneado!

Fantasmas

em quinta-feira, março 18, 2010
Ele era um fantasma naquela manhã... Acordara sem vontade nenhuma de fazê-lo, e enxergava nada além de nada quando fitava as horas do futuro, e os dedos percorriam as rachaduras de sonhos indômitos abandonados na atmosfera um tanto fria daquele quarto sem valor.

Nem tempo, nem espaço. Sentia-se, mais do que nunca, fora de lugar. Então, um crescente desconforto rapidamente assaltou-lhe o peito, enquanto o sangue despachava insegurança a todas as extremidades de seu corpo. Era como um mórbido convite o observasse à distância, paciente, aguardando. Pensou em gritar por socorro, mas quem lhe ouviria o clamor?

E foi na solidão desse ligeiro instante que aportou-lhe enfim o caloroso afago da compreensão; aquela sensação de quando se finalmente chega em casa, há tanto ofuscada pelos faróis de milhares de veículos que riscam a cidade apressados tateando a noite em busca duma única certeza. Quando se viu invisível então num estalo percebeu que fora assim sempre. Lembrou de seu berro que escapou abafado em todos aqueles anos sem nenhum preenchimento.

Mas quem realmente é ouvido ou enxergado nessa vida? Ponderou por um segundo que manifestamos no máximo um leve calafrio quando desajeitadamente invadimos o raio de ação de outro alguém.

Somos todos fantasmas. Sempre fomos desde que surgimos, pois ninguém nos ouve ou nos enxerga de fato. E somente os poucos pêlos que involuntariamente se arrepiam no braço é que revelam a tímida proximidade de outro ser humano.

Como médiuns que renegam seu dom, assim tornamo-nos deliberadamente insensíveis, porque assusta demais ouvir os sussurros que se equilibram na poeira enclausurada dos decadentes sobrados da existência. Abafamos os ouvidos com travesseiros para esquecer o arrastar de correntes que nos assombra as insones madrugadas de aflição. E tentamos de todas as formas possíveis tapar o sol com as peneiras antigas de nossa indiferença.

Quem realmente já o ouviu? Quem o conhece? Quem já o viu? Quem tocou seu coração? Parou por um instante e constatou que, embora tenha tentado, nunca experimentou de verdade o mágico aturdimento de almas que se encontram e se reconhecem em pleno tumulto da romaria. O evento raro de um choque entre planos conflitantes.

E quem realmente te ouve? Quem te conhece? Que já te viu? Quem tocou teu coração? Talvez ninguém, e somos todos mesmo comprovadamente fantasmas, almas penadas, perdidas, a cada manhã em que somos obrigados a levantar, por medo das coisas que não entendemos, por receio do ruído das palavras que poderíamos pronunciar sem querer na fronteira da embriaguez de uma extrema sinceridade, e estamos todos condenados a vagar solitariamente, apavorados, através de um limbo de ilusões, até o dia em que a agonia de não enxergar, não ouvir e não falar sufoque de vez o coração da vida.

(Geraldo Pinho)



Saudade de postar aqui, gente! Agora acho que voltei de vez a blogosfera. Quis compartilhar com vocês esse texto brilhante e de humanidade tamanha do Geraldo, que também é blogueiro. Reflitam!

Postado por Erica Ferro

Meu Olhar ?

em terça-feira, março 16, 2010


Produzido por Karol Coelho e Kenny Rogers

Sobra tanta Falta

em segunda-feira, março 15, 2010
Lugar qualquer, dia qualquer do mês qualquer do ano qualquer

A quem interessar,
Trago no peito a honestidade mais absoluta. Na mente, o eterno desequilíbrio temporário. Nos nervos, a força para continuar. Na fé, a dúvida que move os dias. No amor, a certeza da incerteza. Nos dias, a rotina do conseguinte. No coração, aqueles realmente importantes. Na saudade, a crença de um dia vai dar certo. Na esperança, o desejo de felicidade.
Acreditava que a vida seguiria vagarosamente seu rumo, e que nenhum sentimento iria amordaçar meu coração. Desde pequena decidi que o destino não ditaria as regras na minha vida. Ahn, doce ilusão. Cresci e descobri na saudade, ausência e solidão um conflito realmente adulto. Coisas de criança vão se perdendo, e aquela inocência do "eu sou dona do meu nariz e do meu coração" vira puro feminismo no mundo acadêmico.
A vida são repetições, e tudo que se repete, tende a se esvair, é questão de tempo. Aquele sorriso, aquele olhar, aquele momento, aqueles que ficam guardados no coração. Todos estes, enxergo hoje, que o tempo leva embora. Coisas boas não se repetem largamente, e a rotina faz com que o dia-a-dia torne-se o veneno mais brutal. A falta, ausência, saudade transforma a rotina, que um dia foi completa, desejada e feliz em lembranças, que traz saudade, e, por consequência, solidão.
Já me disseram que o tempo é quem cura tudo. Acredito hoje que o tempo é aquele que testa os sentimentos, e este mesmo é quem me mostra aqueles que realmente são verdadeiros, aqueles que valem a pena, e que eu vou levar pra vida toda.
Tudo na vida é questão de tempo, e depender do tempo é incompleto, porque ele não podemos controlar. Não consigo parar no tempo, voltar no tempo, avançar no tempo.
O que eu sei é que sobra tudo ao meu redor. Sobra saudade, sobra falta, sobra ausência, sobra paz, sobra silêncio, sobra companhia, sobra amor.
Os importantes que me faltam precisam voltar para que todo esse despercício pare.

Uma devaneada qualquer, que só tem na cabeça pensamentos devaneantes.

Letícia Christmann

PRONTIDÃO

em sábado, março 13, 2010
Me apaixonei por uma palavra. Sim, uma palavra: PRONTIDÃO! E agora que a amo, compreendo certas coisas, aliás, muitas coisas. Nesses últimos dias repito essa palavra a todo momento e quero todos os dias lembrar dela. Agora sei qual é a base de todo relacionamento.
Acompanhe-me! Todo relacionamento deve ser composto por uma prontidão, que segundo o dicionário é "diligência (zelo, cuidado) acompanhada de boa vontade e facilidade de compreensão ou de execução." Certamente, qualquer relacionamento verdadeiro começa com esse zelo acompanhado de boa vontade, seja ele qual for.
Há uma magia quando se está com uma pessoa que a gente ama muito, que a admiramos e que temos um relacionamento prontificado. As risadas, o compartilhar dos sonhos, das experiências, da vida em si, é natural e vivo, dinâmico. O problema é que muitos dos nossos relacionamentos, principalmente os que acabam, substituem a prontidão por expectativa.
Não, as regras não têm que fazer parte de nenhum relacionamento. Não precisamos de exigências a serem cumpridas. E quando um relacionamento é munido de expectativa ele deixa de ser vivo e passa a ser mecânico.
Agora compreendo porque muitos dos meus relacionamentos morreram e ainda vão morrer. Por isso, sinto que achei um jeito precioso de mantê-los vivos. E me prontifico a quebrar todas as regras e responsabilidades que impus aos meus relacionamentos. Não tenho expectativas criadas em relação a ninguém. Não vou ficar na expectativa, esperando que alguém me pergunte como estou ou que me ligue no meu aniversário. Quando estiver longe de alguém que amo, quero eu ter a prontidão de estar junto a ele.

(Karol Coelho)

Totalmente inspirado no trecho da pg. 192 do livro "A CABANA" de William P. Young. O nome do capítulo é "Verbos e Outras Liberdades". Me senti livre ao ler esse livro. E ainda me sinto. Amo a PRONTIDÃO. Achei uma nova fonte de inspiração. Acredito que "Deus é um verbo." (Buckminster Fuller)

Parabéns!

em quinta-feira, março 11, 2010
Atenção, senhoras e senhores. Respeitável público leitor.
Um ano de Pensamentos Devaneantes pra vocês!
Pois é, meus queridos. Já faz um ano que estamos aqui, enxendo a paciência...
Passeando pelo blog pude notar o nascimento, os primeiros passos. Diria agora que ele está se tornando adolescente!!
São contos, poesias, poemas, resenhas, pensamentos, devaneios.
Digo que escrevo muito melhor agora, e nada como o tempo, e os sentimentos novos que vou saboreando a cada nova inspiração pra escrever.
Um ano aqui, quem diria?
Me lembro até hoje quando fiz a proposta pra Erica de abrir um blog em conjunto, e como eu tinha medo de não conseguir escrever, ou parecer apenas mais uma louca desvairada tentando escrever alguma coisa que me expressasse. E é tão difícil se expressar... Talvez daí tenha surgido a ideia do nome. E o pedido de ter uma blogueira tão bem sucedida quanto a Erica pra dividir o blog.
Depois surgiu o convite pra Karol, que conquistou meu coração com poucos textos, mas que diziam (e dizem!) muito.
E acho que estamos nos tornando uma companhia de escritoras, as vezes nem tão felizes quanto deveríamos, mas tentando demonstrar com sinceridade o que se passa nessas cabeças devaneadas.
Somos adolescentes agora, e algumas espinhas estão nascendo. Erica, poste mais!! Estou sentindo falta dos teus textos!
Karol, arranja mais tempo pra gente, sua delicadeza me encanta!
É isso gente, vim aqui pra dar parabéns e agradecer!
Todos os comentários, as sugestões, o acompanhamento. São vocês que me motivam a escrever mais e mais!
Beijos e mais beijos.
Ps- Primeiro aniversário e a primeira postagem totalmente pessoal xD
Letícia Christmann

Por/ventura.

em terça-feira, março 09, 2010
E as coisas vão se repetindo, de forma aleatória. As coisas vão tomando forma e proporção. Vagarosamente, andar sozinha por aí não é mais uma enxurrada de lembranças e de lágrimas. Mas ainda é essencial estar sempre com alguém. Sentir-se só no meio de muitas pessoas, procurar ocupar a mente para ela não vagar por lugares dolorosos. A história se repete, uma depois da outra. E, ao final, uma dor triste e um coração cicatrizado. Quando é tudo novo, a mente estranha, o coração estranha. E a gente vai se acostumando, mas não devia. Não devíamos nos acostumar a saudade, a dores, a amigos que não estão bem, a coisas estranhas, a falta de movimentos populares, ao roubo, inveja, a sentimentos ruins. A gente não devia se acostumar com a força do tempo, que tudo cicatriza e tudo ajeita. A gente não devia aprender a esquecer. A gente devia aprender a perdoar. E as coisas vão se repetindo, sempre. A vida vai tomando contornos que não planejamos por inteiro, e nem sempre alguns traços são desejados no meio de todo o desenho. A gente se acostuma a muitas coisas pra não sentir, não sofrer, não precisar se mexer, não se organizar, não se arrumar. A gente se acostuma a ver a vida passar, e nem sempre fazer algo pra participar dela. O ruim é que nos acostumamos sempre com as coisas ruins, e as boas, estranhamos e, por vezes, não aceitamos. Afinal, isso é viver?

"E ali, logo em frente, a esperar pela gente o futuro está...
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo, nem piedade,
Nem tem hora pra chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
E depois convida a rir ou chorar..."
(Toquinho e Vinicius de Moraes)

Letícia Christmann

Ah, quanta dor que me causa essa tal de mentira

em sexta-feira, março 05, 2010
Essa tal de mentira - Sérgio Sampaio

Ah, quanta dor que me causa essa tal de mentira
E o pior disso tudo é que sempre me inspira
A dor de ser enganado me rouba, me tira
O chão de baixo dos pés
Fico que nem os papéis
No meio das tempestades com a alma partida
Dando com o corpo nas grades da cela da vida
Como num mar de paixão
Náufrago que estende a mão
Agarro o meu violão
E canto uma canção
Eu que em princípio acredito em tudo o que me dizem
Basta um olhar mais sincero, um sorriso mais simples
E que em matéria de amor, sou aquele que vive
Na mais completa emoção
O corpo é só coração
Pra de repente acordar como um cego sem guia
Tendo na cama ao meu lado uma alma tão fria
De novo recomeçar
Outra vez acreditar
Compor, escrever, cantar
Pôr música no ar
Música no ar
Música no ar
Música no ar



Ah! No momento, essa música, sim, fala totalmente por mim. E é preciso voltar a acreditar sempre, porque, sem fé, não se pode viver de forma positiva.

Postado por Erica Ferro

Assim será...

em quinta-feira, março 04, 2010
Assim Será - Los Hermanos

Assim que quer, assim será
Eu vou pra não voltar
Toma este anel que é pra anular
O céu, o sol e o mar
Eu não queria ir assim
Tão triste, triste...
Vem dizer adeus ao que restou de quem um dia foi feliz

Há de encontrar um encantador
Um novo ou velho amor
Vai te levar leve a vagar
Prum lar de fina-flor
E você vai ser mais feliz
Longe de mim... Por isso
Eu vou mas não me peça pra amar outra mulher que não você
Vou mas não me peça pra amar outra mulher que não...

Sei que seu fel, fenecerá
Em nome de nós dois
A chuva do céu, se encerrará
Pra ver nosso depois
Como vai ser ruim demais
Olhar o tempo, ir sem
Ver os seus abraços, seus sorrisos ou suas rimas de amor







Espero que gostem da letra e da música. Hoje, a letra fala por mim, não de modo total, mas em partes; por isso a postei.

Postado por Erica Ferro

Abruptamente

em terça-feira, março 02, 2010
Sentou-se na porta da sala, os dois degraus sempre sujos olhavam-na com dó. As estrelas no céu sem poluição brilhavam intensamente e, de certa maneira, iluminavam a escuridão que tomava o quintal. E tentavam incansavelmente iluminar a escuridão presente dentro dela. Acontecera tudo tão rápido que não houve tempo para assimilar a situação. Confusa, viu-se sem o amor da sua vida, e na tentativa de fugir, perdera a convivência diária com família e amigos. Fugiu de presenças essenciais, mas também de lugares, depois da sensação de perda, dolorosamente agradáveis. Esqueceu-se porém, no momento da fuga, que as lembranças não são coisas que se guarda dentro de uma caixinha bonitinha junto com as fotos, aliança, recados de amor e dedicatória de livros. Perseguiram-na, e ali estava ela, sentada na porta da sala, o rosto apoiado em uma das mãos e um copo de coca cola na outra, hora e outra olhava o céu, impressionada com as constelações que nunca vira. Objetivos, estes que sempre fazem pessoas se separarem. Um pra cada canto, procurando um futuro. E a vida que arrasta-se despreocupadamente, sem direção mas com um destino certo. Amores, amigos, família, saudade. E as coisas aconteceram tão rápido que ela ainda não entendera muito bem o que significa verdadeiramente a saudade. Talvez seja esse breu que está dentro dela, que cava abismos e incessantemente cutuca o coração e leva lágrimas aos olhos. Podia ainda não ter compreendido muito bem o que é saudade, mas, sentada na porta da sala, vendo os degraus sujos, o céu límpido e as bitucas de cigarro pelo chão, notou que agora sabia, na distância, o que realmente significa amar. E que realmente há amores reais, e que nunca diminuem, crescem. Incondicional. Amor de verdade nunca morre.
"Nada vai mudar entre nós. Como eu sei? Eu só sei. Tudo vai permanecer igual, afinal, não há nada a fazer. Eu não nego, eu me entrego, você é meu grande amor, hoje eu vou dizer "eu te amo". Eu imploro, eu te adoro, você tem meu coração..." (Mais uma canção - Los Hermanos)
Ps. Mais um pra você.
Letícia Christmann

Puro devaneio!

em
Não tenho um quarto só pra mim, então dificilmente consigo estar só com meu silêncio de ideias. Quando estou no quarto que divido com meu irmão, escuto os acordes do violão tocados por ele, ou a voz da minha mãe me chamando da cozinha. Mas, ainda assim, de certo modo me sinto solitária. Para completar, estou sem o brilho do sol nesses dias nublados.
Ao mesmo tempo que presencio o recomeço, sinto como se tudo estivesse terminando. O dia já se inicia com cara de fim. Sinto minha cabeça pesada, mas a vejo vazia assim que tento escrever algo.
Como vários outros jovens nesse mundo, necessito ver para crer que posso mesmo ser gente grande. Mesmo sabendo que não preciso saber se posso e sim que devo. Não tenho para onde fugir. Está tudo diferente.
Sei que ainda vivi pouco, porém estou quase a seguir as orientações de certa música que me pede para fazer uma lista de grandes amigos, desejando que algum deles me ligue.
Estou descobrindo do que realmente gosto e o que gosta de mim. Compreendo que até o final da minha vida chegarei a várias conclusões. O eu de hoje vai ser outro amanhã.

Karol Coelho

Confesso que entendi pouco de mim... rs
Ô, fim de semana cinza!

 
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