Quaisquer

em segunda-feira, fevereiro 14, 2011
Eu, assim, como quem não quer nada - até porque realmente não queria - acordei como em várias manhãs, sem pensar em nada, em ninguém, sem desejar algo além do que precisava. Meu anseio era terminar o dia bem, encarando o rumo inevitável do trabalho e escolhendo o melhor lugar para se estar numa noite de sexta-feira - não direi onde, apenas imagine: nada de luzes coloridas, música alta ou fumaça.
Meu coração se debruçou nas palavras que me trazem vida e minha alma entoou em acordes maiores seus sonhos menores. Não esperando que algo de sobrenatural acontecesse, aceitei, nesse dia, a vida como é e sorri satisfeita não me lembrando das desfeitas.
Descontrolavelmente eu ri alto, distribui abraços, joguei conversas, reencontrei uns amigos. "Ué! Quem é você?". Perguntei-lhe já me apresentando. Insidiosamente ele me sorriu me entregando um presente - que claro, não esperava.
Já conversou com um desconhecido que parecia ser seu conhecido há tempos? Pois é. São em dias quaisquer que você desperta os sonhos adormecidos.
Karol Coelho

3 comentários:

Letícia disse...

Sim... São nos dias quaisquer que despertamos sonhos adormecidos, que lembranças ressuscitam, que nos surpreendemos com coisas completamente novas...

Karol, vc sempre manda bem!!

Beijos

Viviane Cardoso disse...

Belo texto. Adoro ler-te!

Érica Ferro disse...

Pois é, Karol querida. São nos dias quaisquer que aquelas coisas tão esperadas por nós, que se encontravam adormecidas, acordam e têm a chance de tornarem-se reais.

Adorei o texto!

=)

 
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