eu não deveria
mas eu sinto a tua falta
eu te quero perto
bem perto
sempre
eu não sei
mas acho que eu te amo
acho que eu te amo muito
acho que eu te amo tanto
tanto...
perco a noção do quanto
é que eu te amo de um jeito tão louco
tão imenso
eu te quero aqui comigo
agora e sempre
parece romântico demais, eu sei
bobo demais, também sei
mas é que o amor é assim mesmo
e das bobas apaixonadas eu sou a maior
(Erica Ferro)
2 comentários:
Cartas de amor - Fernando Pessoa
Todas as cartas de amor são ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras, ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente ridículas.)
-
O mundo precisa ser mais bobo, e ridículo...
A mente é cheia dos não deverias e o coração... ah... haha, ele é cheio dos eu amo, eu quero, eu quero, eu quero mais. Mas qual seria a graça da vida, do enxergar tudo cor-de-rosa em pleno dia de chuva, sem os romantismos, sem escutar a teimosia em forma de músculo?
Ferro, mais um vez doce, delicado e sobretudo, apaixonado.
Beijo,
vizinha!
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