Platônico

em segunda-feira, outubro 28, 2013
Sou a mais desvairada das apaixonadas
Não guardo segredo
O nome da minha paixão
 está pendurado no varal
do meu quintal

Sou a mais desvairada das apaixonadas
Mal cabe no peito o apreço
que sinto pelo meu amado
Cabe tão mal,
que poetizo

Poetizo porque amor não externado
sufoca
E amor não é pra sufocar
É para encantar, para acalentar,
para, por que não?, apaixonar

Apaixonei-me, não
me envergonho
Apaixonei-me, não
temo
Apaixonei-me,
é platônico
Apaixonei-me e amo
num silêncio quebrado
por ocasionais declarações
de amor em forma 
de poemas
tortos

(Erica Ferro)

Bobo

em sábado, outubro 19, 2013
Me viciei naquela canção
Que você fez pra ela
Pra dizer que o amor
Foi pela janela e não sabe, não
Se um dia volta para o coração

Aquela letra que você riscou
Pra mostrar que tudo
Ainda não acabou
Que a vida nada pode oferecer
Se não se coloca para receber

Esses versos bobos
Que eu sei que outros
Poderiam até escrever
O amor dá nisso quando ele acaba
Faz você dizer, pensar que há mais nada

(Karol Coelho)
 
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