Sou a mais desvairada das apaixonadas
Não guardo segredo
O nome da minha paixão
está pendurado no varal
do meu quintal
Sou a mais desvairada das apaixonadas
Mal cabe no peito o apreço
que sinto pelo meu amado
Cabe tão mal,
que poetizo
Poetizo porque amor não externado
sufoca
E amor não é pra sufocar
É para encantar, para acalentar,
para, por que não?, apaixonar
Apaixonei-me, não
me envergonho
Apaixonei-me, não
temo
Apaixonei-me,
é platônico
Apaixonei-me e amo
num silêncio quebrado
por ocasionais declarações
de amor em forma
de poemas
tortos
(Erica Ferro)
3 comentários:
Uau!!! Que perfeito Erica, como um tapa ou como uma raiva que segura seu cetro encarando sua corte!!! O amor é uma coisa incrível mesmo, não é muito justo, não mata a fome, nem paga as contas, mas... enfim... amamos. Que tormento!!!
P.S.: Texto redondo, adorei isso nele!!!
Uau! Uau! Uau!
Desesperadamente tamo amando! haha
Erica, eu leio e releio.
Acho que é o poema que já li seu que mais gostei.
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