Por Osho! Por Zeus! Amo-te!

em sábado, setembro 06, 2014
Mas olha que coisa mais louca: me deu uma vontade enorme de escrever pra você agora. Daquele jeitinho, sabe? Escrevo, jogo em alguma página que gerencio e deixo você ler, sem saber que é pra você. No máximo, você desconfia. Ou tem certeza? Seja lá como for, é pra você. É besteira e lugar-comum dizer que você me inspira. Dane-se, digo mesmo assim. Quero fazer elogios loucos hoje. Elogios psicodélicos. Entende? Provavelmente não totalmente. Nem eu, rapaz do meu apreço. 
Fixe o olhar nessas minhas insanas linhas. Leia-me sem esperar nada de muito são hoje, apenas sincero. Caramba, sou fissurada por sua voz. Ela me lembra violino. Eu adorava violinos muito antes de te conhecer. Eu passei a adorar muito mais violinos depois de ter te conhecido. Sabe, a sua voz é uma mistura de violino com saxofone. Saxofone tem algo de sensual, percebe? Você é sensual sem saber, e até sem querer. Ou quer e sabe bem como ser praticamente irresistível? Por Osho, como eu adoro o seu jeito quieto e, do nada, louco e extrovertido de ser! Não, eu não sigo as orientações de Osho. Nem sei se o que ele diz em seus textos são orientações. Enfim, disse Osho só por dizer. Que tal "Juro por Zeus, passaria um minuto numa bacia com gelo por você!"? Maluco, mas legal, hein? Zeus... misturar um deus mitológico com uma prova de amor que envolve bacia com gelo. O que é mesmo que estou dizendo? Ah, nem sei mais. Tudo o que eu sei é que seus olhos são lindos. Consigo fazer uma leitura muito profunda deles. Quando os vejo e, rapidamente, os sinto tristes, não durmo, não como, não consigo parar de pensar num jeito de vê-los brilhando de alegria novamente. Gosto deles sorrindo. Não importa pelo que eles riem, só sei que eu quero que você ria pelos olhos, com os lábios e que seu corpo seja todo riso. Amo-te! Quem ama tem essa necessidade de ver o outro bem, de cuidar, de fazer de tudo para que o outro consiga se reerguer depois de qualquer incidente ou situação devastadora. Você sabe que eu estou aqui, acolá e estarei em todos os lugares possíveis quando você precisar de mim? Você sabe, certo? 
Eu não consigo não ser meiga, mesmo sendo louca. Eu sou uma louca meiga apaixonada por você. Por mais que eu tente, desse jeito desastrado e todo errado, é impossível disfarçar que é todo o seu o meu amor e que a minha paixão dá a volta ao mundo por você. É piegas demais tudo isso que eu acabei de dizer. Só que eu nem ligo mais. Eu sou muito piegas, louca, desastrada, toda errada, mas o meu amor é maior do que o que o Roberto Carlos canta. O meu amor, sim, é o maior do mundo. E eu o considero assim justamente porque não consigo medir. É tão grande, que transborda, se transforma em poesia, texto piegas, crônicas, contos, romances, filmes, peças teatrais (...) e não finda.
Tenho um fascínio por você tal como tenho por altura. Lugares altos me fascinam porque, de lá de cima, poderei ver lindas paisagens. No entanto, não consigo chegar no ponto mais alto, o que dá para ver as lindezas desse mundo, por temer desequilibrar e cair nos braços da morte sem mal ver o que as alturas me reservavam de belo. Tenho um medo desgraçado de chegar mais perto de você, cair num abismo e morrer sem nunca ter te tocado. Tenho um medo de você gostar de mim, mas me acabo por você não gostar. Se você gostasse de mim, como eu gosto de você, não sei como eu reagiria. Eu não sei lidar com o "sim", você compreende? Por todo o tempo, só lidei com o "não". Para isso, tenho reservas de força para superar e seguir em frente. Devo ter sérios problemas de cunho psicológico, porque essa coisa de amor unilateral, platônico é algo que me atrai fortemente. 
Claro que eu quero segurar a sua mão. Claro que eu quero que a sua voz de violino e saxofone chegue o mais perto possível dos meus ouvidos. Claro, é claro que eu quero. 
Contudo, enquanto isso não acontece, curto essa magia que é gostar de você assim, calada, veladamente. Aproveito para te escrever textos como esse, sem sentido certo, sem pretensão, apenas por gostar tanto de você.
Preserva esse riso, rapaz do meu apreço. Preserva esse olhar que eu tanto gosto. Guarda essas minhas loucas linhas numa parte especial da sua mente. Esse meu amor sem fim é de graça e nada pede. Simplesmente aceite. E guarda com carinho num dos cantinhos bonitos do seu coração. Se bem não fizer, mal não há de fazer. Certo assim?

Erica Ferro

Gente Grande?

em quinta-feira, agosto 28, 2014
Pois é, eu senti saudades.
Tenho sentido, constantemente, saudades de ser um pouco mais de mim.
De sair pra beber cerveja com os amigos e me atualizar sobre a vida deles - que tanto me importo - e também contar todas as minhas novas experiências. De ficar o dia inteiro entediada em casa esperando passar Law & Order SVU ou CSI Miami. De começar a assistir todas as temporadas de Gilmore Girls como tenho planejado a algum tempo. De ler algum livro "só por ler", sem ter nenhuma intenção pedagógica ou filosófica por trás disso. De poder ir ao parque num dia de semana de manhã só pra sentir o sol começar a esquentar a pele. De fazer comida gostosa, e não só rápida, porque chego em casa muito tarde morrendo de fome e não dá pra caprichar muito.
De escrever aqui, de ter tempo para refletir no que falar aqui.
Tenho sentido falta de mim porque,
Como sempre,

A rotina da cidade grande me sufoca,
Me prende,
Me cerceia,
E, como toda mulher de cidade grande,
Acho no computador uma forma de me libertar,
Mas, na verdade,
Continuo presa aqui,
E achei um buraco na rotina só pra reclamar,
E pra dizer que sinto falta, de tantas coisas,
Inclusive disso aqui.

Letícia Christmann
Ps. Post extremamente contraditório e
 ao mesmo tempo complementa o anterior,
 da Erica.

Uma vida

em sexta-feira, agosto 01, 2014

Uma vida
Erica Ferro

Você só tem uma vida. 
É aqui. É agora. É já.
É tudo que você tem. É tudo o que eu tenho.
Não escolhamos por assistir a novela das onze em vez de optarmos por escrever mais um capítulo da nossa própria vida.
Nós só temos uma única vida.
Não importa se você não sabe como seguir ou o que fazer agora. Vá.
Não prometo que você descobrirá como agir nas próximas horas. Porém, continue andando. Pare apenas para tomar fôlego e, posteriormente, retomar a caminhada.
Não importa o quão tortuoso se apresentar o trajeto. Você descobrirá que pode derrubar muros e se equilibrar em paralelepípedos se preciso for.
Não desanime se aparentemente não encontrar forças. Vá, você será energizado a cada raiar do sol.
Abra os olhos, vá e viva.
Viva como se tivesse apenas algumas horas a mais de vida.
Seja sol, lua, mar, céu azul e poesia.


Fio da meada

em quinta-feira, abril 17, 2014
Você sabe me dizer qual é a estrada que dá
na cidade Felicidade?
Você sabe como fazer para nunca esquecer
do valor que cada um tem e que não
deve, em tese, dar explicações
das suas decisões a ninguém?
Você sabe como conseguir não se importar,
como deixar "pra lá" tudo aquilo que se sabe
que não se pode solucionar?

Você sabe?

Eu perdi o fio da meda.
Não sei por qual caminho seguir.
Costumava seguir por caminhos floridos,
sob um sol dourado e lindo.
Agora, chove,
e tudo é escuridão.

Você sabe?

Eu vejo:
Você também está perdido, mas finge
saber qual é o caminho.

Você pensa que não te vejo caminhando em círculos,
triste, tão perdido quanto eu.

Não precisa demonstrar uma força
que você não tem nesse momento.
Não é vergonhoso admitir suas fragilidades.
Vergonhoso é não assumir que você está fraco,
que precisa de um tempo, de espaço, para que possa
respirar normalmente e voltar a enxergar as coisas como elas são.
E, assim, seguir, já com a respiração normalizada,
com a visão restaurada e o peito regenerado, repleto de uma nova força.

É isso que eu preciso fazer.
É isso que precisamos fazer.
Você sabe disso.
Nós sabemos disso.
Mas, ah, é difícil admitir isso para nós mesmos!

Admitamos!
Só assim sairemos desse lamaçal
no qual caímos no exato dia em que
a esperança foi dar um passeio
por outras freguesias.

(Erica Ferro)

Livre, leve e doida

em segunda-feira, fevereiro 17, 2014
e s c r e v e r 
é fácil

fácil quando se quer
quando é espontâneo
quando é de coração
para coração

não sei escrever por
decreto

travo, falho, falto

f a l t a m
palavras

e o papel prossegue vazio
sem uma letra sequer
sem um risco
um traço

v a z i o

eu
e s c r e v o
quando quero

ou
quando o meu coração
ou a minha alma
querem

só a eles atendo
só a eles obedeço

não funciono sob pressão

minha escrita é 
l i v r e
l e v e
d o i d a

Erica Ferro

Com tato

em sexta-feira, janeiro 17, 2014
Contato com o amor. 
Com tato com o amor. 
Com tato, te (en)canto.
Com tanto amor e tato, te roubo um sorriso e um abraço.
Com tato, te enlaço.
Com tato, te prendo, aos poucos, em meus (a)braços.

Erica Ferro

Tica de nada

em quarta-feira, janeiro 01, 2014

Sou pequena na poesia e na forma.
Sou menor que um grão de areia levado pelo vento.
Sou miúda como os dedos da menina que descobre a terra.
Sou pouca como o orvalho de verão que evapora num segundo.
Sou tiquinha como o doce que queres antes da hora do almoço.
Sou nadica como a paz que não reina na angústia.
Sou bulhufas do coração de ninguém, me escondendo na vida de todo mundo.

(Karol Coelho)
 
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