O mesmo de sempre

em terça-feira, outubro 05, 2010
Não entendia como o mundo poderia dar tantas voltas. Uma hora tão feliz, outra tão perdida e, por fim, triste, muito triste.
As coisas se acertam quando não deveriam se acertar. As coisas erradas parecem mais certas nesse mundo sem amor. Ou com amor demais, que de tanto não caber em si, acaba fugindo.
Não entendia como poderia ter se ligado tanto à mais alguém. Mais um alguém que se vai assim, sem mais nem menos. Amar, acompanhar, ter alguém... São coisas da cultura ocidental, que não faz muito sentido quando começa a estudar o surgimento. Mas ainda assim, se fazem necessárias para quem sempre esteve inserida nela.
Tinha medo de muita coisa, mas lembrava que o ter medo era relativo.
Aquelas sensações esquisitas haviam parado há algum tempo. E agora voltavam.
O mesmo aperto no peito de saudade.
A mesma vontade de ver, abraçar e não sair de perto.
A mesma disponibilidade de amar, e ser correspondida.
Nada estava dando muito certo.
Mas afinal, o que deveria dar?
Via tudo errado à sua volta.
E não parecia que as coisas iam se acertar.
Tudo, por fim, continuava errado igual sempre.

"Um dia desses, num desses encontros casuais...
Talvez a gente a se encontre, talvez a gente encontre explicação..."
(Engenheiros do Hawaii)
Letícia Christmann

3 comentários:

Gabriela Marques de Omena disse...

Ou então do jeito que se é pra ser. Mais fácil encarar assim.

Rebeca Postigo disse...

Lindo!!! *-*

Bjs

Pensamentos Devaneantes disse...

O amor nos joga no mar do sofrer, do se agoniar e do chorar. Mas isso nos faz viver de algum modo. Nos dá uma nova motivação. E o que é mais importante: a dor sempre passa, mas o amor pra sempre viverá.

[Erica Ferro]

 
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