A minha vez

em quarta-feira, novembro 24, 2010
Estou aprendendo, cada dia mais.
Aprendendo que as pessoas são eternas da melhor maneira que elas poderiam ser, e com o espaço que permitimos.
Antes tinha a ideia que as coisas acabavam e a dor ficava, comprometendo. Um tempo a mais de vida, de vivência, de dores e de sorrisos, vejo agora que a continuidade acontece dentro da gente, um dia após o outro, a lembrança é nova, o sorriso é outro, a realidade muda.
Amores novos, amigos novos, companhias novas. Sorrisos velhos, lembranças velhas, saudades velhas.
Aprendendo, a cada dia, que as coisas mudam. E como boa historiadora entendo: é na mudança que está o objeto da História.
E é assim que eu vou seguindo, um sorriso aqui, uma saudade ali, um amor agora. Intensidade acontece, paixão acontece, afinidade acontece. Mas, só acontece quando a gente deixa acontecer.
Eu quero minha História completa, interessante. Altos, baixos, lágrimas, sorrisos, dúvidas, clímax. Quase um roteiro de filme.
Aprendo, a cada dia, que não se pode deixar de viver. Viver é essencial para sentir.
Estou em plena fase de desenvolvimento.
Tem alguém escrevendo minha História aí?
"Nihil durare potest tempore perpetuo
Nada pode durar eternamente
Cum bene sol nituit, redditur oceano
Embora ainda brilhe forte o sol, volta-se para o Oceano
Decrescit Phoebe, quae modo plena fuit
Febe (Lua) diminui logo após sua cheia.
Sic Venerum feritas saepe fiti aura leuis
Assim, a ferocidade das paixões transforma-se, com frequência, em brisa suave."
(REG IX - traduzido por Pedro Paulo Funari)
Letícia Christmann

4 comentários:

Tay disse...

Adorei o texto, ficou mt bom.

bjus =*

Monique Larentis disse...

renovação é tudo de bom :)

Érica Ferro disse...

Quando a gente deixa acontecer, acontece [óbvio, Erica! haha], e, se acontece, fica marcado na nossa História. E assim, com o passar dos dias, vai virando brisa suave, dando espaços para novas paixões quentes e intensas. E tudo muda de novo.

Beijo, Lê.
Adoro seus textos.

Karol Coelho disse...

É a vida que temos que saber levar!
Texto lindo, Lê.

Eu, assim como a Erica, adoro seus textos.

 
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