Eu, assim, como quem não quer nada - até porque realmente não queria - acordei como em várias manhãs, sem pensar em nada, em ninguém, sem desejar algo além do que precisava. Meu anseio era terminar o dia bem, encarando o rumo inevitável do trabalho e escolhendo o melhor lugar para se estar numa noite de sexta-feira - não direi onde, apenas imagine: nada de luzes coloridas, música alta ou fumaça.
Meu coração se debruçou nas palavras que me trazem vida e minha alma entoou em acordes maiores seus sonhos menores. Não esperando que algo de sobrenatural acontecesse, aceitei, nesse dia, a vida como é e sorri satisfeita não me lembrando das desfeitas.
Descontrolavelmente eu ri alto, distribui abraços, joguei conversas, reencontrei uns amigos. "Ué! Quem é você?". Perguntei-lhe já me apresentando. Insidiosamente ele me sorriu me entregando um presente - que claro, não esperava.
Já conversou com um desconhecido que parecia ser seu conhecido há tempos? Pois é. São em dias quaisquer que você desperta os sonhos adormecidos.
Karol Coelho
3 comentários:
Sim... São nos dias quaisquer que despertamos sonhos adormecidos, que lembranças ressuscitam, que nos surpreendemos com coisas completamente novas...
Karol, vc sempre manda bem!!
Beijos
Belo texto. Adoro ler-te!
Pois é, Karol querida. São nos dias quaisquer que aquelas coisas tão esperadas por nós, que se encontravam adormecidas, acordam e têm a chance de tornarem-se reais.
Adorei o texto!
=)
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