Maldito seja o dia dos namorados

em quinta-feira, junho 09, 2011
Pois era assim que acontecia, sabia que nem sempre se enganava. Ele fingiu se importar com o fim e, no seu íntimo, ela sabia porquê. Não, não tinham sido feitos um para o outro. Pensavam diferente, agiam diferente, tinham uma concepção de mundo diferente, e quase nunca se davam extremamente bem. Porém, eram nessas noites frias e carentes que a falta apertava. Nunca parecia que o fim tinha sido por um motivo tão bobo quanto nas madrugadas intermináveis de rolar na cama. Era na carência que o calor fazia mais falta, o afago parecia tão querido, e o frio, gélido. Lembrava de flashs, de momentos de risos verdadeiros, de felicidade quase plena.
Estava confusa. Não aceitava as mãos uma vez suas em outro alguém, as mesmas palavras, as divisões de mesmos momentos que, por sua vez, pareciam tão somente dos dois. Era estranho. Era dela, não mais. Mas sabia, nem sempre se enganava, sua intuição dizia a verdade, na maioria das vezes. Pena que, quando a verdade é realidade, vista e sentida, querendo ou não ela machuca. E mais e mais e mais uma vez: cama vazia, gelada, o mesmo rosto no espelho, o mesmo sorriso aos amigos, e a sobra da falta.

“E a vida existe e é realmente bonita. E se renova. Tem lados de luz.”
Caio Fernando de Abreu

Letícia Christmann

2 comentários:

Pri Moscão disse...

posso fazer um ctrl c ctrl v nessa postagem?? rsrs

Rebeca Postigo disse...

É sempre assim...

Bjs

 
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