Pra depois.

em quinta-feira, julho 14, 2011
Deixa, deixa pra depois.
Estamos no outono, e está na hora das coisas começarem a morrer, de fato.
Deixa, é bom tudo poder se renovar. Quero ver o verde mais vivo, o sangue mais vermelho.
Saiba então, é no outono que as coisas são permitidas a renascer, mas talvez seja a parte mais dolorosa, porque o que já perdurou tempo demais precisa morrer.
Entenda, estou me preparando para o inverno, que o tempo vai fechar e eu realmente vou saber o que é sentir falta de um céu azul, de um carinho, de um afago.
Fica tudo muito escuro, a neblina desce e não dissipa. Não há vinho que esquente.
O coração parece partido, e a companhia é mais que necessária. O inverno é sombrio, é a parte do ciclo que não faz questão do sol, mas cultua o abismo. A prece é por um pouco de calor.
Deixa, deixa o inverno passar, que atrás dele vem a primavera.
A estação das flores, do colorido, das brisas suaves, dos perfumes diversos.
É nela que encontrarei amores, reafirmarei amizades, desvendarei meu mundo.
Então, assim simples, as coisas renascem, o sol volta a aparecer, o sol brilha mais forte.
Depois da primavera, eu sei que vem o verão.
E bem, depois de tudo, do verão eu não sei o que esperar.
Deixa, deixa o verão pra mais tarde.

Letícia Christmann

3 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Li e reli, tão lindo. Vou pegar para mim, mas pode deixar que coloco os devidos créditos : D

Luna Blanca disse...

OS POETAS
Como afloram os sentimentos
Nos poemas que se faz,
Transmitem em todos num só momento
A paixão que agente traz.

Decantamos a beleza e o amor
Para levar ao mundo; humildade, carinho e paz.
Aliviar no povo seu sofrimento e dor
Dando a ele um novo alvor.

Nesse mundo de desafetos
O homem não pode continuar
Nós, Poetas, podemos colaborar,
E da transformação podemos participar.

Esse dom que recebemos
Não é para ser guardado
E sim, para ser exteriorizado.
A nós ele só foi emprestado.

No plano em que vivemos
Cada um tem sua missão.
Infelizmente! Alguns levam o ódio
Ah! Mas o Poeta! Leva o amor ao coração.

 
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