Moço, hoje me bateu uma vontade enorme de ir à praia, sabe? Ver o pôr-do-sol, as ondas, ver os seus olhos cor-de-mel sob um sol da cor de seus cabelos. Eu gosto de você. Você sabe, não sabe? E faz tempo que você sabe. Pode dizer, eu já me acostumei à ideia de o meu amor não ser mais secreto. Mas a quem eu queria enganar? Eu nunca fui boa em esconder coisa alguma. Principalmente amor. Eu não sei, mas há em mim um descontrole, algo que me denuncia a cada coisa que eu digo e faço. Antes, quando você se aproximava de mim, eu perdia as palavras. Eu sei, eu sei, isso parece mais do mesmo, mais um textinho bobo, mais um textinho meloso-romântico. Mas era o que acontecia. Eu ficava nervosa, eu tremia, eu pensava: "O que eu digo pra ele? Eu queria dizer tantas coisas, mas por que diacho eu não consigo dizer nada?". E então a oportunidade passava, eu nunca conseguia me aproximar de você, coisa que eu queria tanto. Mas acho que isso mudou um pouco. Você ainda causa um efeito desconcertante sobre mim, eu não vou negar, mas agora já consigo elaborar frases com sentido quando estou falando com você. E isso é bom. Eu gosto de conversar com você, de estar perto de você. Você me faz bem, sabe? Nunca se afaste de mim. Fica perto de mim, sei lá, pra sempre. Ou pelo máximo de tempo que for possível. Ah, não sei como tudo isso começou. Sei que hoje, agora, eu estou encrencadamente apaixonada por você. Que loucura, não? E o que é que eu faço com isso, meu amor? Ai... mas será que você lê as coisas que escrevo pra você? Dê um sinal. Você lê? Porque, meu amor, todos os meus poemas são pra você. Cada linha de amor que escrevo é sobre você. É que você vive constantemente em minha mente. Sei, isso soa clichê. Mas que se dane, é assim com todos apaixonados. Por que você tinha que ser assim, tão desgraçadamente apaixonante? Você não poderia ter um olhar menos arrebatador, um sorriso menos encantador e uma voz menos doce? Sério, a culpa é sua. Se eu sou apaixonada por você, a culpa é exclusivamente sua. E eu odeio você por isso. Então, depois de te odiar um pouco, eu te amo mais. E pronto, todo o meu coração é amor. Amor por você. E todas essas linhas formam um texto de amor miseravelmente ridículo. Mas, quer saber? Não me importo. Tudo que importa é que eu amo você. É, não há mais como fingir pra mim mesma. Eu amo você. Muito. Mesmo.
Erica Ferro
3 comentários:
Quem nunca chorou uma lágrima sentida??? Certamente essa pessoa não sou eu o/
Lindo Erica, linda canção, linda poesia, lindo tudo, lindo texto... Eu sinto falta de um amor possível, mas as vezes leio textos assim e sei porque eu tremo e temo de medo, medo da dor!!!
Enfim... Falar mais é devanear....
"Toda carta de amor é ridícula, e se não for ridícula, é porque não fala de amor."
Lindo!
Eu adoro esse texto.... #SóParaConstar
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