E por muito tempo andou vagando, perdida por aí.
Dores de amores passados a perseguiam, e o mundo parecia uma estrada, uma estrada sem fim... Ou o fim ninguém sabia onde ficava. Afinal, a morte não se encontra em qualquer esquina.
O céu estava enluarado, estrelado, estranhamente iluminado. A diferença de dia e noite ia se perdendo com o passar do tempo, após um certo intervalo, tudo era noite, escuro. Escuro mas estranhamente iluminado.
A estrada estava deserta em certos pontos, em outros, achava lotada demais, com informação demais. O tempo ia passando, e a dor do antigo amor continuava perseguindo-a. Tinha impressão que quanto mais escura a noite, mais o abraço era procurado, mais o sorriso era lembrado, mais o calor era querido.
De repente, uma luz. Não era a lua brilhando mais forte, nenhum cometa passando pelo caminho, ou um meteoro caindo do céu.
Simplesmente uma luz. Pois não via a luz, enxergava.
E ao ouvir um eu te amo...O Sol voltou a nascer, pois o sorriso estava novamente no rosto dela.
Simplesmente amor. Reamor.
Letícia Christmann
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