OBS - Carreguem o vídeo e ouçam a música quando forem ler. A sensação é mágica.
(Inspirado em Ana e o Mar)
Reza a lenda que a menina andava pela beira da praia recolhendo espelhos partidos, conchas amarelas e estrelas de cinco pontas. Chamava-se Ana, a meninca de cândido semblante. As ondas induziam cavalos-marinhos a fazerem cócegas nos seus pés. A maré mudava de acordo com o relógio biológico dela. E os pescadores das redondezas costumavam consultar o horóscopo da menina antes de conduzir suas embarcações. Corria a boca pequena que a paixão do Mar por Ana sincronizava o ritmo e o som das águas. Era realmente um atrevimento, um despautério aquele caso de amor. Ninguém concordava ou achava possível que aquilo pudesse ter um final feliz. Eis que, certa vez, uma Ana decidida subira até o ponto mais alto da Ilha. Estava resolvida, a menina. De cima da pedra, saltou. Espalhou-se na imensidão que tanto a encantava. Conta a lenda que, deste dia em diante, o Mar nunca mais foi o mesmo. Suas ondas pareciam margear o olhar de Ana derramado. Suas águas traziam o cheiro e o gosto do amor da menina: tudo nele era salgado. O fenômeno causou estranheza em todos na pequena Ilha. Inexplicavelmente, o Mar carregava agora azul sob a pele e sal sobre as águas. O mesmo sal do amor da menina. O mesmo azul do olhar outrora derramado.
(Por Maíra Viana em O Teatro Mágico em Palavras)
Reza a lenda que a menina andava pela beira da praia recolhendo espelhos partidos, conchas amarelas e estrelas de cinco pontas. Chamava-se Ana, a meninca de cândido semblante. As ondas induziam cavalos-marinhos a fazerem cócegas nos seus pés. A maré mudava de acordo com o relógio biológico dela. E os pescadores das redondezas costumavam consultar o horóscopo da menina antes de conduzir suas embarcações. Corria a boca pequena que a paixão do Mar por Ana sincronizava o ritmo e o som das águas. Era realmente um atrevimento, um despautério aquele caso de amor. Ninguém concordava ou achava possível que aquilo pudesse ter um final feliz. Eis que, certa vez, uma Ana decidida subira até o ponto mais alto da Ilha. Estava resolvida, a menina. De cima da pedra, saltou. Espalhou-se na imensidão que tanto a encantava. Conta a lenda que, deste dia em diante, o Mar nunca mais foi o mesmo. Suas ondas pareciam margear o olhar de Ana derramado. Suas águas traziam o cheiro e o gosto do amor da menina: tudo nele era salgado. O fenômeno causou estranheza em todos na pequena Ilha. Inexplicavelmente, o Mar carregava agora azul sob a pele e sal sobre as águas. O mesmo sal do amor da menina. O mesmo azul do olhar outrora derramado.
(Por Maíra Viana em O Teatro Mágico em Palavras)
Ps. Os dias parecem sem fim, e a sensação de perda cada vez mais apavorante. Seguir em frente, é o lema dos últimos dias. Aproveitar, antes que tudo acabe rápido demais... É, lidar com um coração apertado não é fácil, fica tudo fora do lugar. E, por vezes, eu me perco dentro de mim. A vida é escolhas, e quando se trata de escolher, dói. No fim, tudo vai dar certo.
Postado por Letícia Christmann
5 comentários:
Odeio quando chego a uma bifurcação e não sei que decisão tomar...
Realmente é pavoroso...
Amei o texto!!!
Realmente a música e o texto se unem de uma maneira única...
Bjs
Lindo, Lê.
O texto, a música e o sentimento que nos toma. *-*
Escolher dói, porque sempre se renuncia quando se escolhe.
Mas, no fim, TEM QUE dar certo.
Beijo.
sensação mui mágica mesmo *-*
Realmente a sensação foi mágica!
Aiai! Casos de amor sempre fazem as coisas à nossa volta parecerem diferentes!
Mágico, Lê.
Uma sensação indescritível, mas não importa o que aconteça, vai dar tudo certo.
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