Estou vivo, por isso, penduro bandeirolas para alegrar meu dia. Estou vivo, por isso, visto a fantasia de poeta e tento compor meu hino.
Sento-me no trono do imperador e soberanamente decreto que todo dia, de agora em diante, será feriado. Estou vivo, por isso, organizo o maior de todos os banquetes; e tratarei os próximos 365 dias como se fossem os dias do meu aniversário.
O que amo na vida? O imponderável; dançar na beira de abismos; tentar cruzar despenhadeiros em corda bamba; esperar o tiro de canhão na largada da maratona e não saber como vou terminá-la.
Adoro desconhecer as notícias que o telefone trará quando se intrometer em meu sono. Como é fascinante sentir um medinho infundado antes de receber os exames do laboratório. Já sinto borboletas voando na minha barriga só de pensar quando este medinho se transformar no Grande Pavor.
Creio que lutarei com bravura quando precisar enfrentar a Dama da Foice que vai tentar me seqüestrar em seu bornal, rumo ao improvável horizonte.
Como é bom poder dizer que cada dia é suficiente em seu próprio mal, e não fugir de acordar a cada alvorada, mesmo sabendo que naquela manhã poderei renascer das cinzas, como naufragar em problemas.
O que amo na vida? Gente. Gosto de admirar a diversidade humana - tanto dos que me rodeiam como de quem nunca verei o rosto, admiro pecadores e santos.
(...)
Karol Coelho
3 comentários:
Own, Karolzita, parabéééns!
Muuuuitas cores, poesia e música pra sua vida!
Beijo.
esse texto é muito lindo. bj
Viver, viver e ser livre!
Ai ai (=
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