Combata os bancos de areia e troncos submersos

em segunda-feira, abril 26, 2010
“Caro Forrest,
Lamento não ter tido tempo de ver você antes de partir.
Os médicos decidiram de uma hora para outra, e antes que eu me desse conta, já estavam me levando, mas pedi para escrever esta carta, porque você foi muito gentil comigo.
Sinto, Forrest, que você está a um passo de alguma coisa muito importante em sua vida, alguma mudança ou evento que o levará em outra direção. Deve agarrar esse momento e não deixá-lo escapar. Quando penso nisso, recordo algo em seu olhar, uma certa chama que surge de vez em quando, em geral quando você sorri e, nessas ocasiões, que não são freqüentes, acredito ter visto quase uma gênese de nossa capacidade como seres humanos de pensar, de criar, de ser.
Esta guerra não é para você, companheiro — nem para mim — e já estou bem fora dela assim como estou certo de que você também ficará. A questão crucial é: o que fará? Não acho de jeito nenhum que seja um idiota. Talvez pelos testes ou julgamento de alguns tolos você se enquadre em uma categoria ou outra, mas lá no fundo, Forrest, eu percebi uma centelha vívida de curiosidade ardendo no fundo de sua mente. Aproveite a maré, amigo, e
enquanto estiver sendo levado, faça com que seja a seu favor, combata os bancos de areia e troncos submersos, e nunca ceda, nunca desista. Você é um cara bom, Forrest, e tem um grande coração.
Seu amigo,
Dan.”

(Trecho do livro "Forrest Gump, o contador de histórias")



Achei essa carta linda, meus caros devaneados! E esses trechos que eu destaquei foram os que mais me emocionaram; deixaram-me com lágrimas nos olhos. Indico "Forrest Gump, o contador de histórias"!

Postado por Erica Ferro
 
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