Fulminante

em segunda-feira, novembro 16, 2009
Conversa relativamente longa, mas boba; nada demais mesmo. Mas ela teve uma ótima impressão dele. Na verdade, ela o achou encantador; suas palavras e o seu modo a encantaram.
Já era madrugada, hora de dormir. Deita na cama, ilusiona, pensa mais uma vez naquele encantador rapaz e dorme. Dorme e sonha. Sonha com ele.
Abri os olhos e senta-se na cama e exclama: "Mas que loucura! Só falei com ele uma única vez na vida, como posso ter me encantado tanto?".
Cai no sono, sonha com ele. Acorda assustada, mas feliz, uma sensação gostosa, porém que ela não sabia definir.

Não era o mesmo sonho, era outro. Em outro ambiente, outras palavras, outros gestos. O encanto? O mesmo, só mudava o sonho. E assim foi repetidas vezes: sonha, acorda, se assusta, sorri, suspira e dorme de novo.
O sol toca a janela, se faz presente. Ela acorda, finalmente. "Sonhos agradáveis", ela diz num suspiro. O que ela queria de verdade era tornar todos aqueles gestos, palavras e os tais sonhos em realidade. Mas por que isso? Por que essa paixão tão arrebatadora em tão pouco tempo? Em uma noite apenas? Uma conversa só rendeu tanto sentimento?
Não, ela já o conhecia. Sim, conhecia suas palavras, seu modo de pensar. Há muito o admirava no anonimato, mas agora era diferente. Ela tinha tido contato direto com ele. Aliás, ela teve contato direto com o coração dele e resolveu se acomodar por lá. Pena que com a paixão insana e fulminante dela por ele, ele nunca sonhará. Será?

(Erica Ferro)

2 comentários:

Letícia disse...

Como já dizia o poeta:

É só o amor que conhece o que é verdade!
O amor é bom, não quer o mal...

Vc é bárbara, sempre sempre.
E descobrir alguém com quem sonhar, em quem pensar...
Existe coisa mais gostosa que isso?

Jééh disse...

nossa adorei,
a admiração e respeito que se nutrir por alguém que mal conhece, ou melhor conhece mas não como queria, são os melhores ingredientes para uma paixão ^^

 
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