Mudanças sempre assustam.
Mudar, ser uma metamorfose ambulante é melhor sim do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Mudar de ares, mudar de amores, mudar de vícios, mudar (não não, variar seria a palavra correta) de amigos.
Andar do lado direito, invés do esquerdo.
Comer naquele restaurante novo que abriu.
Usar as meias laranjas que sempre teve vergonha.
Experimentar morango com margarina.
Tentar, mudar, modificar, fazer diferente. A vida pode seguir dessa maneira.
Rotina?! Rotina é para os fracos.
O bom é poder variar, poder dormir mais tarde, acordar mais cedo. Ir para onde quer, por que quer e, o mais importante talvez... Com quem quiser.
Sentimentos mudam.
Pessoas mudam.
Ideias mudam.
Hábitos mudam.
Corpos mudam.
Amigos mudam (mas não precisamos mudar de amigos se compreendermos com todo o coração, que os amigos mudam).
Vontades e desejos mudam.
O dia muda.
A noite muda.
Gostar da mudança é opcional...
Mas que graça teria tudo, se fosse tudo sempre igual?
Olhe uma rotina sem graça:
Cotidiano - Chico Buarque
Todo dia ela faz
Tudo sempre igual
Me sacode
Às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca
De hortelã...
Todo dia ela diz
Que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz
Toda mulher
Diz que está me esperando
Pr'o jantar
E me beija com a boca
De café...
Todo dia eu só penso
Em poder parar
Meio-dia eu só penso
Em dizer não
Depois penso na vida
Prá levar
E me calo com a boca
De feijão...
Seis da tarde
Como era de se esperar
Ela pega
E me espera no portão
Diz que está muito louca
Prá beijar
E me beija com a boca
De paixão...
Toda noite ela diz
Pr'eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor...
Todo dia ela faz
Tudo sempre igual
Me sacode
Às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca
De hortelã...
Todo dia ela diz
Que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz
Toda mulher
Diz que está me esperando
Pr'o jantar
E me beija com a boca
De café...
Todo dia eu só penso
Em poder parar
Meio-dia eu só penso
Em dizer não
Depois penso na vida
Prá levar
E me calo com a boca
De feijão...
Seis da tarde
Como era de se esperar
Ela pega
E me espera no portão
Diz que está muito louca
Prá beijar
E me beija com a boca
De paixão...
Toda noite ela diz
Pr'eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor...
Todo dia ela faz
Tudo sempre igual
Me sacode
Às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca
De hortelã...
Letícia Christmann
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