...uma personalidade em constante modificação. Gosto de ser assim: mutável. Mudar é preciso. Mudar molda ou desmolda. Gosto de me moldar. Me aperfeiçoar. Tenho sonhos, anseios, devaneios. Sonho é coisa que sai de dentro do meu travesseiro. Sonho é parte do todo que me move, que me impulsiona. É por um sonho, por um desejo, que eu acordo e busco fazer e ser aquilo que sonho, que planejo.
Duvido, duvido da minha capacidade, duvido da 'verdade'. Eu vivo duvidando, investigando. Sou desconfiada, louca, desvairada, apaixonada. Tenho várias paixões, dentre elas estão os livros e a natação. Não sei escrever, mas escrevo. Não sei viver, mas estou aprendendo. E assim vou vivendo, aprendendo, sofrendo, morrendo. Mas renascendo a cada amanhecer, em busca de uma nova razão para viver.
Duvido, duvido da minha capacidade, duvido da 'verdade'. Eu vivo duvidando, investigando. Sou desconfiada, louca, desvairada, apaixonada. Tenho várias paixões, dentre elas estão os livros e a natação. Não sei escrever, mas escrevo. Não sei viver, mas estou aprendendo. E assim vou vivendo, aprendendo, sofrendo, morrendo. Mas renascendo a cada amanhecer, em busca de uma nova razão para viver.
Sou livro. Algumas histórias tristes, muitas outras alegres. Umas para ser eternamente lembradas, outras para serem determinantemente esquecidas.
Sou dor. Me lavo de lágrimas, mas logo depois me seco com o lenço da esperança.
Sou arrependimento. Me arrependo dos meus atos desastros que resultaram em feridas profundas. E prometo nunca mais errar, mas, como sou humana, deslizo na neve dos erros novamente, sempre e sempre.
Sou vencedora. Quando o sol anuncia o novo dia, me levanto, espanto o medo e a insegurança, e começo a lutar pelas conquistas, pelas vitórias que eu sempre sonhei e desejei.
Sou mocinha. Inocente e boba. Sou vilã. Esperta e encantadora.
Sou verdadeiramente humana. Sou um quadro com traços fortes e marcantes.
Minhas cores são vibrantes.
Tem tempos que sou agridoce; outros bem doce e tem outros que sou excessivamente azeda.
Mas a fase que mais prevalece é a fase agridoce. A vida nem sempre nos sorri, e é aí que nós azedamos. Passamos do ponto. O doce queima e/ou azeda. Ficamos assim. Azedamente ruins.
Sou uma mistura, mal ou bem misturada (depende de como você me vê), de todos as músicas que ouvi, de todos os livros que li, de todos os amores que já vivi.
Sou uma reação à ação do mundo, das situações e da ação de mim mesma.
Sou assim. Louca. Apaixonada. Determinada. Amendrontada. Mas estou viva. E, enquanto eu viver, eu posso ser e vencer.
Ser o que intimamente sou.
Vencer o que me vence.
Ser feliz plenamente. Sempre.
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Palavras...
Suficientes? Quase suficientes? Ou nem um pouco suficientes para dizer o que se é e o que se quer?
Se bem usadas, podem chegar a uma bela tradução, a uma bela conclusão. Mas nunca perfeita, completa e indiscutível.
Afinal, cada ser humano tem dois olhos e enxerga da maneira que sabe, da maneira que quer.
Para encerrar, deixo uma frase que gosto muito e que fechará, com certeza, esse texto com chave de ouro:
"Tudo que me caracteriza é apenas o modo como sou mais facilmente visível aos outros e como termino sendo superficialmente reconhecível por mim."
(Clarice Lispector, A paixão segundo GH)
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(Clarice Lispector, A paixão segundo GH)
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(Erica Ferro)
Um comentário:
Na pressa de ser, estar... Apenas... Eu não sou Chico mais quero tentaaaar!!! (8) TM xD
Sempre sempre sempre mara!
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