Na primeira noite
Eles se aproximam
E colhem uma flor
De nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite
Já não se escondem:
Pisam as flores, matam nosso cão
E não dizemos nada.
Até que um dia
O mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa
Rouba-nos a lua e
Conhecendo nosso medo
Arranca-nos a voz da garganta
E porque não dissemos nada,
Já não podemos dizer nada.
Eduardo Alves da Costa inspirado em Maiakovisk
Postado por Letícia Christmann
4 comentários:
Tudo poderia ser diferente, se nós disséssemos algo e lutássemos para proteger o que é nosso!!!
Bjs
é que eu costumo dizer, não se deve dar confiança a todos/ftao
É preciso não calar-se.
Liiiindo Le! Sou sua fã. Muito boa!
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